terça-feira, 12 de abril de 2011

O INTÉRPRETE DE LIBRAS

O interprete de LIBRAS é o mediador entre a comunidade surda e ouvinte, nos últimos anos, a presença do interprete de língua de sinais, tem ganhado espaço nas escolas por causa da política educacional brasileira, que prevê a inclusão do sujeito surdo nas instituições de ensino. Além de disso, devido o desconhecimento da maioria da população sobre a LIBRAS, torna-se necessário que existam interpretes nos mais diversos setores da sociedade, públicos e privados.
A interpretação entre a língua oral e de sinais é uma atividade bilingue – bicultural. É também uma atividade desafiadora, devido a grande diferença entre as modalidades das línguas ( oral-auditia e gestualvisual) que exige do interprete um profundo conhecimento das culturas surdas e ouvintes para traduzir com o máximo de fidelidade.
Os intérpretes mais experientes usam os sinais com tanta leveza e naturalidade que faz com que o processo de interpretação pareça algo que qualquer pessoa poderia fazer. Entretanto, os intérpretes são profissionais altamente treinados, cujo trabalho exige uma completa atenção e dedicação à tarefa que está sendo exercida.
Para a pessoa não treinada a tradução processa-se de forma simples, é somente movimentar as mãos e passar para sinais o que a pessoa está falando em português. Na realidade o processo de interpretação é mais complexa, pois o interprete pensa ao mesmo tempo em duas línguas, e no caso da LIBRAS e a língua Portuguesa, suas modalidades são completamente diferentes, por uma ser gestual-visual e a outra ser oral-auditiva, dificultando mais ainda o processo.
Durante a interpretação, o cérebro processa a informação que está chegando e raciocina em duas línguas, não importa se a tradução é do Português para LIBRAS ou da LIBRAS para o Português, o processo é análogo:
• O intérprete recebe a mensagem na linguagem que a mensagem original está sendo emitida (Linguagem fonte);
• O cérebro analisa e interpreta a mensagem, quanto ao conteúdo e significado nas culturas das línguas envolvidas;
• O intérprete localiza a mensagem e nível de formalidade apropriados na linguagem a ser interpretada (público-alvo).
• O intérprete produz a mensagem na língua-alvo.
O elemento “desconhecido” é outra questão que os intérpretes têm que lidar em sua rotina diária de trabalho. Durante uma conversação informal eles ficam à vontade, pois o que está sendo comunicado é efetivamente dito em suas próprias palavras, sabendo assim o que vão dizer.
Em uma interpretação, os interpretes devem esperar ouvir palavras que são desconhecidas para ele. Por ser uma atividade extremamente exigente em termos de atenção e energia, os intérpretes são incentivados a se familiarizar antecipadamente com os assuntos que irão interpretar ou a se especializar em uma determinada área. Assim, estes profissionais se tornarão sufi cientemente competentes para que diminua um pouco a pressão causada pelo “elemento desconhecido”.

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