segunda-feira, 19 de março de 2012

Adaptações Curriculares para Aluno Surdo

Adaptações Curriculares do Aluno SurdoAdaptações curriculares constituem conjunto de modificações que se realizam nos objetivos, conteúdos, critérios e procedimentos de avaliação, atividades e metodologias para atender às diferenças individuais dos alunos. 
As adaptações curriculares para atender às necessidades especiais dos alunos surdos podem ser poucas e não constituir alterações expressivas na programação regular, de tal modo que todos os alunos da turma possam delas se beneficiar. Pode-se também realizar adaptações significativas do currículo regular, para atender a condições específicas necessárias, de modo a obter maior participação do aluno nas atividades curriculares comuns e possibilitar o alcance dos objetivos definidos para cada etapa educativa. 
As adaptações se distinguem em dois grupos:

Adaptações Metodológicas e Didáticas 
Incidem sobre agrupamentos de alunos, nos métodos, nas técnicas e estratégias de ensino-aprendizagem, na avaliação e nas atividades programadas. Dizem respeito a: 
. situar alunos nos grupos com os quais possa trabalhar melhor; 
adotar métodos e técnicas de ensino-aprendizagem específicas para o aluno, na operacionalização dos conteúdos curriculares, sem prejuízo para as atividades docentes; 
. utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação da classe, quando necessário, sem alterar os objetivos da avaliação nem seu conteúdo; 
. propiciar apoio físico, visual, verbal e gestual ao aluno impedido, temporária ou permanentemente, em suas capacidades, de modo a permitir a realização das atividades escolares e do processo avaliativo. O apoio pode ser oferecido pelo professor regente, pelo professor de sala de recursos, pelo professor itinerante ou pelos próprios colegas; 
. introduzir atividades individuais complementares para o aluno alcançar os objetivos comuns aos demais colegas, Essas atividades podem realizar-se na própria sala de aula, na sala de recursos ou por meio do atendimento itinerante, devendo realizar-se de forma conjunta com os professores regentes das diversas áreas, a família ou os colegas; 
. introduzir atividades complementares específicas para o aluno, individualmente ou em grupo, que possam ser realizadas nas salas de recursos ou por meio do atendimento itinerante; 
. eliminar atividades que não beneficiem o aluno ou restrinjam sua participação ativa e real ou, ainda, as que ele esteja impossibilitado de executar; 
. suprimir objetivos e conteúdos curriculares que não possam ser alcançados pelo aluno em razão de sua deficiência, substituindo-os por outros acessíveis, significativos e básicos. 

Adaptações nos Conteúdos Curriculares no Processo Avaliativo 
São adaptações individuais dentro da programação regular, considerando os objetivos, os conteúdos e os critérios de avaliação para responder às necessidades de cada aluno. 
Consistem essas adaptações em: 
. adequar os objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, modificando-os de modo a considerar, na sua consecução, a capacidade do aluno em relação ao proposto para os demais colegas; 
priorizar determinados objetivos, conteúdos e critérios de avaliação; 
. dar ênfase a objetivos concernentes à(s) deficiência(s) do aluno não abandonando os objetivos definidos para o seu grupo, mas acrecentando aqueles relativos às complementações curriculares específicas, para a minimização de suas dificuldades e desenvolvimento do seu potencial; 
. mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios de avaliação de desempenho do aluno em Língua Portuguesa, na modalidade escrita - considerar que o aluno surdo pode alcançar os objetivos comuns do grupo, em um período mais longo de tempo. Desse modo, deve-lhe ser concedido o tempo necessário para o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento das suas habilidades, considerando a deficiência que possui. Por meio dos critérios de avaliação correspondentes, pode-se verificar a consecução dos objetivos propostos ao longo do ano letivo, ou pelo período de duração do curso freqüentado pelo aluno; 
. introduzir conteúdos, objetivos e critérios de avaliação - acrescentar esses elementos na ação educativa pode ser indispensável à educação do surdo. O acréscimo de objetivos, conteúdos e critérios de avaliação não pressupõe a eliminação ou redução dos elementos constantes do currículo oficial referentes ao nível de escolarização do aluno. 
Algumas considerações são indispensáveis: 
. as adaptações curriculares devem ser precedidas de uma rigorosa avaliação do aluno nos seguintes aspectos: 
.. competência acadêmica; 
.. desenvolvimento biológico, intelectual, motor, lingüístico, emocional, competência social e interpessoal; 
.. motivação para os estudos, entre outros que indiquem ser as adaptações realmente indispensáveis a sua educação; 
. é imprescindível que se analise o contexto, escolar e familiar, a fim de que possa haver mudanças adaptativas necessárias à educação do aluno; 
. as avaliações relativas às condições do aluno e do seu contexto escolar e familiar devem ser realizadas pela equipe docente e técnica da unidade escolar, com a orientação do corpo dirigente, contando com o apoio da DRE/Secretarias de Educação (dirigente da Educação Especial) da localidade, se necessário; 
. as adaptações curriculares devem estar contextualizadas e justificadas em registros documentais que integram a pasta do aluno; 
. as programações individuais do aluno devem ser definidas, organizadas e realizadas de modo a não prejudicar sua escolarização, seu sucesso e promoção escolar, bem como sua socialização. 
Fonte: http://www.ines.org.br

sábado, 14 de janeiro de 2012

Proposta obriga escolas a utilizar Libras com estudantes surdos


Pela proposta, além dos alunos, também deverão ter aula de Libras seus pais e toda a comunidade escolar que conviver com esses estudantes.

A Câmara analisa proposta que obriga as instituições de ensino públicas e privadas a utilizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) com todos os estudantes surdos em qualquer nível ou modalidade da educação básica. A medida está prevista no Projeto de Lei 2040/11, do Senado.
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Pela proposta, as escolas deverão contar com professores bilíngues, tradutores, intérpretes e profissionais de tecnologia de comunicação em Libras. Além dos alunos, também deverão ter aula de Libras seus pais e toda a comunidade escolar que conviver com esses estudantes.

As regras sobre a oferta do ensino de Libras deverão ser definidas em regulamento específico, após a aprovação da lei. Segundo o autor da proposta, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), o objetivo é facilitar a integração dos deficientes auditivos nas escolas e na sociedade.

Tramitação

O projeto, que tramita em regime de prioridade, será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Plenário.

Fonte: Agência Câmara de Notícias